quarta-feira, 1 de abril de 2015

My Kind of Women

 Depois destes semanas em viagem, tive o privilégio de me cruzar com algumas pessoas que não via há uns tempos, e conhecer outras pela primeira vez. Devo confessar-vos que pelo caminho cruzei-me com pessoas que são do meu género, não, não falo de Género, mas falo de gente que comunica a minha linguagem e não, não porque utilizam o português, mas um tipo de gente que sente, que olha para dentro e que tenta superar-se nas suas limitações físicas, mentais, emocionais e espirituais. Sim, falo de gente que naturalmente reconhecemos como o nosso tipo de gente. Não quero parecer sexista, longe de mim, nem dar papel de destaque a mulheres em detrimento de homens, mas a verdade é que estes dias foram marcados por elas.

Logo no começo desta viagem, fui recebida por uma mulher que me lembra eu mesma, temos o mesmo tipo de vida, acordar bem cedo, preparar tudo, sair de casa, abrir a escola, estar horas dedicada ao ensino, receber praticantes, estimular práticas, para depois estender o tapete, recolher ao momento de ali estar e com devoção pelo que acreditamos, esticar o corpo com a ajuda da respiração para conectar com um acalmar de mente e tentar superar um pouco mais o mundo dos opostos.
O dia continua com organização da escola, gestão do necessário para que uma comunidade de praticantes possa usufruir de um espaço onde pratiquem Ashtanga Yoga segundo a tradição de Mysore e da família Jois. Acaba o dia a ensinar novamente as aulas da tarde, a receber alunos e a trabalhar com cada um. Volta a casa, come algo, passa tempo com a família, e dali a umas horas tudo se repete, num quotidiano de significado, de entrega, de processo de crescimento como mulher, como praticante, como professora. Revi-me imensas vezes nela e com ela aprendi ou reaprendi, a soltar, a entregar, a expirar. Por ela recebi inspiração para a minha Prática e para uma melhor e maior consciência de onde quero estar agora, neste momento. Obrigada Kaka.

A segunda que destaco é uma mãe, uma mulher que acompanhei nalgumas caminhadas ao lado da Lagoa, com quem conversei temas do dia-a-dia, com quem partilhei sorrisos, gargalhadas e passos rápidos.  Que me recebeu na sua casa, que me ofereceu comida caseira, que me lembrou a minha própria mãe, e com quem vi alguns dias a novela das 18h enquanto alongava em cima do tapete, os músculos queixosos por tanta surfada e caminhada. Obrigada Angela.


A terceira foi uma mulher que já tinha ouvido falar, que traz consigo uma energia de Deusa feminina,  que esboça no seu trabalho de design uma criatividade que inspira, que  dá vontade de olharmos mais para o nosso corpo, de cuidarmos deste veículo da alma, de usarmos cor, de vestirmos calças justas, de colocarmos um bikini mais ousado e mais pequenino, de festejarmos esta coisa maravilhosa de sermos mulheres. Obrigada pela tarde, Lou.


*******After these weeks on the road, I had the privilege of crossing with some people that i had not seen for a while, and i meet other for the first time. I must confess to you that I came across with people who are my gender, no, i not speaking  of Gender, but I speak of people who communicating in my language and no, i m not speaking because they use the portuguese, but because they are a kind of people who feel, look into themselves and try to overcome their physical, mental, emotional and spiritual limitations, yes, I speak of these people who we recognize as our kind of people. I do not mean to sound sexist, at all, nor give a prominent role to women rather than men, but these days were marked by them.

At the very beginning of this trip, I was greeted by a woman who reminds me of myself, we have the same kind of life, wake up early, prepare everything, leave the house, opening the school, be hours devoted to teaching, receive practitioners, stimulate practices, then stretch the mat, collect the time of being there and with devotion for what we believe, stretch the body with the help of breathing to connect with a calm mind and try to overcome a little more the world of opposites. The day continues with school organization, management is required to allow a community of practitioners to enjoy a space to practice Ashtanga Yoga in the tradition of Mysore and Jois family. She Finish the day by teaching again The afternoon classes and working with each student. Back home, she eat something, spend time with family, and from there a few hours everything is repeated,  creating a meaning to everyday life, of surrender, for a process of growing as a woman, as a practitioner, as a teacher. It reminded me many times about myself and i learned or relearned with her, to let go, to release, to exhale. I received inspiration through her for my practice and for a better and more aware of where I want to be here, in this moment. Thank You Kaka.

The second was a mother, a woman who i accompanied in some walks right aside of the pond, with who i spoke about issues of the day-to-day,  who i shared smiles, laughter and quick steps. Who received me in her house, offered me homemade food, she reminded me of my own mother, and who with i saw a few days the 6pm soap opera, while stretching on the mat, the complainants muscles by so much surf and walk. Thank you Angela.

The third was a woman who I had already heard about, that brings a feminine Goddess energy with her, she brings in her  design work a creativity that inspires, that makes you want to take care more of our body, take care of this vehicle of the soul, to use more color, to use  tights clothes, to put a much smaller and bolder bikini, to celebrate this wonderful thing of being a woman. Thank you for the afternoon, Lou.






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